PROGRAMA DE REDUÇÃO DE PERDAS PODERÁ MELHORAR ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Com o propósito de acelerar as melhorias na prestação dos serviços de abastecimento de água, a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão - CAEMA está analisando Programas de Redução de Perdas apresentados por diversas empresas especializadas na área.

No final de setembro, aconteceu a palestra “Eficiência Comercial para Operadoras de Saneamento Básico”, proferida por técnicos da Enops Engenharia SA, empresa com sede em São Paulo. A abertura do evento foi realizada pelo diretor de Operação, Manutenção e Atendimento ao Cliente, engenheiro  Cristovam Dervalmar Rodrigues Teixeira Filho.

Na oportunidade, o presidente da Enops, José Teixeira Berenhauser, acompanhado do diretor técnico, Carlos José Teixeira Berenhauser e do engenheiro Francisco Nicomedes, apresentou estudos, projetos, implantação e forneceu bons resultados do Programa implantado em outras empresas de saneamento do país. Outros aspectos apresentados sobre a implantação do projeto foram: Setorização; Válvulas; Controle Operacional e Hidromedição e Geofonamento, que identificam o desperdício de água e vazamentos invisíveis.

De acordo com o assistente técnico da Presidência da Companhia, engenheiro Carlos Rogério Araújo, a CAEMA planeja realizar processo licitatório até o final deste ano para escolher a melhor proposta. “O Programa Piloto de Redução de Perdas será inicialmente implantado na Gerência de Negócio da Cohab, tendo em vista que naquela região o abastecimento de água funciona de forma não intermitente ou seja, sem interrupção”, disse, destacando que esse tipo de programa tem sido implantado com sucesso em diversas empresas do país, pois contribui para melhorar a oferta de água para a população.

Se for bem sucedido, como em outros estados, o Programa deverá ser expandido para as demais áreas de atuação da Companhia. Com a adoção de outras medidas como por exemplo o realinhamento tarifário e a substituição da Adutora do Italuís no Campo de Periz, há uma expectativa tanto da CAEMA quanto da população de que as condições de fornecimento de água sejam as mais regulares possíveis.

Para o gerente de Comercialização e Relacionamento com o Cliente da CAEMA, Clenilson Novaes, o controle de perdas está relacionado ao recadastramento de clientes e de equipamentos (cadastro técnico), além de mais investimentos em ampliações na rede de abastecimento de água.

Além da Enops, empresas como Artec Construtora e Fidens Engenharia SA apresentaram programas semelhantes para a diretoria da Companhia.

RESULTADO DA ELEIÇÃO DOS CONSELHOS DA CAEMA

A Diretoria do Sindicato dos Urbanitários do Maranhão (Stiu-MA) informa, que a Chapa vencedora na Eleição para os Conselhos Administrativo e Fiscal da CAEMA realizada no dia 28.09.11, foi a CHAPA 1 composta dos seguintes membros: 

Conselho administrativo

Suely Gonçalves (titular)

Francisco Lusivaldo (suplente)

 

Conselho Fiscal

Emanoel Francisco Reis Luz (titular)

Raimundo Nonato Oliveira (suplente)

 

EMISSÕES DE CARBONO CRESCERAM 45% ENTRE 1990 E 2010


Relatório afirma que a liberação de GEEs na atmosfera atingiu 33 bilhões de toneladas no ano passado e destaca que o Protocolo de Quioto corre o risco de ser considerado ineficaz por não limitar as emissões das naçoes emergentes.

De acordo com um novo levantamento do Centro Comum de Investigação da União Europeia (Joint Research Centre – JRC), a liberação de carbono nunca foi tão grande, devido principalmente ao aumento das emissões das nações em desenvolvimento. Esta constatação pode enfraquecer as possibilidades de extenção do Protocolo de Quioto, que expira em 2012 e obriga apenas os países mais ricos a terem metas.

O estudo do JRC, intitulado Tendências de longo prazo nas emissões globais de CO2, aponta que a emissão de gases do efeito estufa (GEEs) cresceu 45% entre 1990 e 2010, e atingiu um recorde de 33 bilhões de toneladas de dióxido de carbono no último ano.

Apesar disso, as emissões dos países da União Europeia, bloco que reúne algumas das maiores economias do mundo, não seguiram essa tendência: elas foram reduzidas em média 7% no mesmo período, o que significa que a meta de diminuição de emissões de 5,2% até 2012 fixada pelo Protocolo de Quioto foi alcançada. Outros países industrializados também atingiram cortes notáveis: a Rússia, por exemplo, reduziu suas emissões em 28% nas últimas duas décadas.

E essa redução teve um efeito relevante sobre as emissões mundiais. Para se ter uma ideia, em 1990 a liberação de dióxido de carbono europeia e norte-americana totalizava cerca de dois terços das emissões mundiais. Hoje, essa porcentagem caiu para menos da metade do total.

Outro fator que ajudou a mitigar as emissões de GEEs foi a recessão econômica ocorrida em 2008 e 2009. Só na Europa, a crise financeira diminuiu a liberação de um total absoluto de 4,2 bilhões de toneladas de CO2 em 2007 para quatro bilhões em 2010.

Então, segundo a pesquisa, a principal causa desse crescimento tão acentuado foi o desenvolvimento da economia de países emergentes como a China e a Índia. Os dados do JRC mostram que só entre 2009 e 2010, as emissões chinesas aumentaram 10% e as indianas, 9%. Em outras nações emergentes como o Brasil, o México e a Coreia do Sul, a liberação de CO2 cresceu em média 5% neste período.

Mas outros países industrializados fora da Europa ou que não assinaram o Protocolo de Quioto também contribuíram para a alta das emissões globais. Os Estados Unidos, por exemplo, aumentaram suas emissões em 5%, enquanto o Japão manteve sua liberação de dióxido de carbono relativamente estabilizada.

Em absoluto, no entanto, as emissões dos países emergentes ainda tendem a ser menores que as dos desenvolvidos. Atualmente, a emissão de GEEs per capita nos EUA está em 16,9 toneladas por ano. A da União Europeia é menos da metade da norte-americana, chegando a 8,1 toneladas por ano. Já os chineses, cujas emissões vêm crescendo rapidamente, ainda não atingiram os índices europeus, chegando a 6,8 toneladas de CO2 anuais per capita.

Os setores que mais liberam dióxido de carbono na atmosfera continuam a ser a geração de energia e o transporte, que totalizam respectivamente 40% e 15% das emissões mundiais de carbono. E estima-se que esse domínio irá continuar, já que as taxas de crescimento destes setores se mantêm entre 2,5% e 5% por ano.

A produção energética, porém, tem apostado mais nas fontes de energias mais limpas, e tem abandonado gradualmente os combustíveis fósseis. Nos últimos 20 anos, a dependência no carvão na geração de eletricidade caiu de 25% para 20%, e no petróleo, de 38% para 36,5%.

Já as fontes mais limpas tiveram um crescimento de 23% para 27% no gás natural, 8% para 9% na energia nuclear e 6,5% para 8% nas renováveis. A eficiência energética também contribui para a economia de eletricidade com a criação, desenvolvimento e aplicação de tecnologias como eficiência de combustíveis e mecanismos, isolamento térmico em construções etc. infelizmente, tais iniciativas não estão sendo suficiente para mitigar as emissões de CO2.

O relatório da JRC alerta que não há um jeito único nem uma fórmula mágica para reduzir a dependência nos combustíveis fósseis e diminuir as emissões de GEEs em um curto período de tempo “Quando se olha a introdução em larga escala as energias renováveis em países como a Alemanha, a França e a Espanha na última década, fica claro que grandes mudanças nas fontes de energia não podem ser feitas de um dia para outro e levam pelo menos uma década”.

Para o documento, é necessário desenvolver programas e politicas de longo prazo para investir em opções de baixo carbono, particularmente no transporte e na geração de eletricidade. “Pode-se concluir que politicas fortes visando a introdução de novas tecnologias renováveis como a politica francesa em energias nucleares e a politica alemã em energias renováveis podem ter um impacto considerável em uma década se forem mantidas consistentemente”.

O estudo termina dizendo que apesar das contribuições do Protocolo de Quioto serem limitadas, elas ajudaram a estimular muitos desenvolvimentos econômicos e tecnológicos na mitigação das emissões.

por Jéssica Lipinski, do CarbonoBrasil

Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.

REALIZADO NA CAEMA CURSO GEOFÍSICA DE POÇO APLICADA A HIDROLOGIA

Realizado no período de 19 a 21 de setembro, no auditório da sede da CAEMA, com o apoio da Hydrolog Serviços de Perfilagens Ltda - Construtores de Poços, o Curso Geofísica de Poço Aplicada a Hidrologia.  

Além de difundir conhecimentos sobre a pesquisa de água subterrânea, os presentes tiveram acesso aos temas sobre Perfil Elétrico, Acústico e Radioativo, espécie de “radiografia” do poço, utilizado para fornecer características da água encontrada no  aqüífero.

Na ocasião, o mestre em Geologia, Geraldo Girão Nery, diretor de Marketing da Hydrolog, explicou que o processo de elaboração da “radiografia” inicia quando sensores são introduzidos no poço e registram informações características das rochas. “O Perfil indica onde tem água, qual a qualidade dela, a espessura do aqüífero, quantidade de sais presentes na água, para avaliar se é ou não adequada para o consumo humano”, disse, acrescentando que as empresas de saneamento geralmente terceirizam esse serviço.

A Hydrolog é uma empresa que possui experiência internacional em Perfilagem de Poços de Petróleo. É especializada em Perfilagem Geofísica e Filmagem de alta resolução em poços tubulares profundos para água, mineração, petróleo e geotecnia.

Participaram profissionais da área; alunos da Universidade Federal do Maranhão (UFMA); Universidade Estadual do Maranhão (UEMA); químicos e geólogos da CAEMA e de outras instituições, colaboradores e outros interessados no assunto.

 

 

 

 

 

 

NAS ÁGUAS DO ESGOTO OS MEDICAMENTOS SE CONVERTEM EM VENENO

Gunter Pauli* 

Berlim, Alemanha, setembro/2011 – As cidades que reciclam esgoto aumentam o involuntário consumo de medicamentos. Na medida em que aumenta a escassez de água potável, a reciclagem de água recebe um estímulo. Embora exista certa lógica na recuperação de esgoto, numerosos remédios vão parar em todo o mundo em nossos sistemas de água potável. Ainda não compreendemos exatamente os efeitos precisos que isto tem na saúde humana, mas os estudos feitos sobre animais sugerem que nos encaminhamos para uma crise.

Medicamentos para metabolismo, antibióticos e hormônios sintéticos para controle da natalidade acabam em nossas águas superficiais e na água potável. Pior ainda, a presença de remédios no esgoto é tão importante que milhares de toneladas fluem anualmente para o mar e acabam absorvidos pelos peixes e outros mariscos que consumimos.

A produção de antibióticos está aumentando, já que mais de 50% do consumo mundial não é para tratamento médico, mas para engordar as vacas mais rapidamente.

Os remédios causam efeitos na reprodução e aparição de mutações genéticas, bem como más-formações na vida aquática. Por exemplo, resíduos do medicamento Prozac fazem com que os mexilhões machos procriem, enquanto os remédios contra hipertensão causam impactos negativos nos lagostins e caranguejos. A infiltração de antibióticos e antibactericidas, por sua vez, aumentam a resistência das bactérias.

 

Os medicamentos antitumores, usados na quimioterapia, causam mutações genéticas e más-formações. Há provas das alterações endócrinas provocadas na vida silvestre quando esta é exposta, ainda que apenas a pequeníssimas doses, de hormônios sintéticos. Os analgésicos, por exemplo, o ibuprofeno, e inclusive a nicotina, não são eliminados durante o processo para deixar a água potável. Cremos que controlamos a inalação passiva da fumaça do cigarro com a proibição de fumar em locais públicos. Mas agora parece que fumamos por meio de nossa água potável!

A cidade de Antuérpia, na Bélgica, tem mais cocaína em sua água potável do que qualquer outra cidade do mundo. Chegaremos a ser acusados do consumo de drogas pesadas apenas por hidratarmos nosso corpo?

As instalações convencionais para o tratamento da água potável são incapazes de eliminar os medicamentos. Há estudos que demonstram que a coagulação, sedimentação e filtragem da água eliminam apenas de 10% a 12% de ingredientes ativos. Esta porção se acumula no resíduo resultante do tratamento, que frequentemente é reciclada como adubo e acaba por novamente afetar nossa cadeia alimentar. Embora a filtragem com carvão ativado e o tratamento com ozônio possam eliminar até 75% desses elementos, ficamos expostos aos efeitos negativos dos restantes 25%.

Enquanto a água continuar sendo reciclada e re-reciclada nos que resultam ser circuitos fechados enquanto aumenta o consumo de remédios, a sociedade e o ecossistema estarão expostos a perigos de um amplo coquetel farmacêutico. Pode, então, ser uma surpresa que setores inteiros da população comecem a sofrer inesperadas mudanças de humor e até de comportamento sexual?

Pesquisadores na Filadélfia descobriram que havia 56 medicamentos na água potável já tratada. Quase 20 milhões de moradores da Califórnia do Sul estão expostos à ingestão indesejada de antiepiléticos e ansiolíticos. A água potável de São Francisco contém um hormônio sexual sintético difícil de se decompor. Infelizmente, a água engarrafada é água potável filtrada que se vende em uma embalagem de plástico (em geral, pouco amigável com o meio ambiente). E a maioria das empresas tampouco realiza análise em busca de remédios na água que vendem, E, inclusive, os sistemas de filtragem de água em nossas casas reduzem, mas não eliminam os medicamentos.

A única segurança é possuir um poço em uma bacia hídrica que possamos controlar, o que é para pouquíssimos.

É hora de se rever os sistemas sanitários e de busca de medicamentos efetivos. Como resultado destas preocupações legítimas a medicina tradicional e natural se torna mais relevante do que nunca. A iniciativa da Constituição do Butão de garantir a utilização da medicina tradicional a todos os cidadãos soa como uma decisão visionária. Como espalhamos medicamentos indiscriminadamente no meio ambiente, é urgente proporcionar novas pautas à indústria farmacêutica para o estabelecimento de datas de vencimento de seus produtos.

A resposta típica dos interesses econômicos implicados é que não há provas científicas de que a presença de medicamentos na água potável afete os seres humanos. O problema é que, quando forem entregues as provas completas e além de toda dúvida razoável, será muito tarde.

Portanto, parecem necessárias três iniciativas paralelas. Primeiro, todos os remédios devem incluir um mecanismo “gatilho” que assegure a desintegração das complexas fórmulas fora de sua embalagem.

Segundo, as estações para deixar a água potável e as instalações de engarrafamento devem ser equipadas para medir a presença de medicamentos. Embora no momento não seja possível obrigar todas as cidades a instalarem um mecanismo de reversão da osmose, que elimine 95% dos remédios e deixe apenas 5%, já que tal solução extrema aumentaria enormemente o custo da água, algo deve se feito. Por exemplo, mudar o projeto dos remédios, sem que o custo disso passe ao usuário.

Em terceiro lugar, talvez devêssemos, finalmente, enfrentar as causas que levam ao maciço consumo de pílulas. Chegou a hora de buscar uma vida mais sã e menos estressante. Enquanto as primeiras duas iniciativas podem ser decididas por todo governo responsável, a terceira deve ser tomada por todos antes que seja tarde demais. Envolverde/IPS

 

* Gunter Pauli é escritor e empresário nos campos da educação, ciências e artes.

 www.envolverde.com.br 

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