Com o objetivo de fornecer água potável para 1000 moradias no Residencial Eco Marajá, em Coroatá, o Governo do Estado, por meio da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) inaugurou na última sexta-feira (08), mais um poço tubular profundo, com profundidade de 140 metros e uma vazão de 80 mil litros por hora. Desde o dia primeiro de novembro, os moradores do residencial já vinham recebendo água potável em suas torneiras.
Participaram da entrega do poço aos moradores o secretário de Estado das Cidades, Rubens Pereira Júnior; o deputado federal Rafael Leitoa; o prefeito Luiz da Amovelar Filho; o vice-prefeito Domingos Alberto; e o engenheiro e assessor técnico da Caema, João José Azevedo.
Durante a solenidade de entrega, o prefeito Luís da Amovelar Filho agradeceu publicamente o empenho da Caema em resolver a situação e reforçou que agora é hora de que todos entenderem que o novo poço precisa ser também visto pelos moradores como um patrimônio a ser cuidado e preservado, assim como o recurso disponível. “Todos vocês são testemunhas do esforço conjunto feito pela CAEMA. O presidente prontamente nos recebeu e deu prosseguimento ao nosso pedido e de nossos deputados, para que esse poço fosse entregue hoje para vocês”, disse o gestor.
A ação foi definida pelo secretário Rubens Pereira Júnior como uma demonstração de que as pessoas que trabalharam para resolver a falta de água no Eco Marajá, compartilharam do mesmo sentimento, o de que a água é um dever do estado e um direito dos moradores. “Água é vida e, por isso, temos essa preocupação em garantir para as pessoas o acesso. O governo Flávio Dino tem tratado como prioridade o serviço de abastecimento de água e aqui em Coroatá. o prefeito Luiz Filho tem feito tudo que está ao seu alcance para que a população não fique sem esse recurso”, destacou Rubens Jr.
Segundo João José Azevedo, a entrega do novo poço cumpre um objetivo da Caema e o compromisso assumido pelo Governo do Estado em melhorar o abastecimento e resolver um déficit de água nesta localidade, já que o poço foi entregue dentro prazo estipulado de 45 dias, levando para a população não apenas água, mas também, qualidade de vida. “Havia um poço antigo que precisava ser substituído devido a problemas estruturais, por isso a Caema precisou intervir imediatamente para não deixar a população desabastecida. Cumprimos esta determinação e hoje a população recebe o benefício em tempo hábil”, esclarece João José.
Após a entrega, todos se dirigiram ao bairro Igarapé-Grande, onde foi dado início a obra de perfuração de mais um poço tubular profundo e implantação de rede de distribuição para atender em média 400 casas na localidade.
As 14 Unidades Regionais da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), receberam novos veículos do tipo Pick-up. Os veículos substituirão viaturas utilizadas para trabalho de manutenção em campo.
De acordo com Edna Portela, gerente administrativo da CAEMA, o recebimento dos carros novos faz parte dos esforços que estão sendo direcionados para renovação da frota disponível. “Além de melhorias na atividade, a intenção é dar maior segurança para funcionários durante a execução de funções diárias e que necessitam de transporte adequado para locomoção e transporte de equipamentos”, salienta.
Edna explica ainda que, uma vez destinado um veículo novo para cada regional, os veículos antigos que serão retirados de circulação devido ao tempo de uso serão levados a leilão, ainda sem data definida, juntamente com outros 20 veículos que já aguardam no pátio da unidade do Sacavém, em São Luís.
Ao fazer a entrega simbólica dos novos veículos no pátio da sede da Caema, em São Luís, o presidente André dos Santos Paula, falou que a ação é, também, uma parte importante dos ajustes de gestão que estão sendo realizados no sentido de otimizar a produtividade, receita e custos. “São veículos novos, dotados de sistema de georreferenciamento, permitindo a segurança de localização, acompanhar rotas percorridas, controle de gastos e ainda redução de custos para a companhia com a manutenção de veículos, bem como, uma maior produtividade das equipes mediante o transporte mais rápido e eficiente", resumiu.
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Texto: Walber Oliveira
Fotos: Cláudio Pacheco
Discutir medidas e colher sugestões para uma melhor prestação de serviços em saneamento público de qualidade para as comunidades e à população de modo geral. Com este objetivo, a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) reuniu líderes comunitários e representantes de associações de moradores de São Luís para apresentar as diretrizes socioambientais da Companhia, os avanços obtidos por meio de investimentos e, ainda, esclarecer dúvidas sobre o modelo de serviço prestado pela Caema aos usuários.
Marcos Silva, coordenador socioambiental da Caema, enfatizou que a ideia partiu de uma necessidade de aumentar a participação destas comunidades, ouvindo suas reclamações, sugestões e também esclarecer dúvidas sobre a atuação da Caema, provocando um debate importante sobre a Companhia e o papel da população dentro deste processo.
O evento contou com a colaboração do Ministério Público, por meio da participação da 1ª Promotoria de Justiça Especializadas em Fundações e Entidades de Interesse Social de São Luís, com a presença da promotora Doracy Moreira Reis Santos. “No momento em que a Caema solicita apoio ao Ministério Público, conclama as comunidades para participar deste debate, mostra que tem um compromisso social, ela diz em alto e bom som: queremos acertar, podemos melhorar, é preciso caminhar junto com vocês. A partir de então, ela cria um espaço muito positivo, no qual todos podemos falar e contribuir com a mudança. Para nós, enquanto justiça social, isso é visto com muitos bons olhos e podemos dizer que a Caema está de parabéns por essa inciativa”, acentuou a promotora de justiça.
Entre as entidades comunitárias de bairros São Luís, presidentes de associações de conjuntos ou condomínios construídos e entregues pelo “Programa Minha Casa Minha Vida”, estavam também representantes de comunidades em áreas rurais que já contam com atendimento ou que desejam benefícios por parte da Caema.
Durante a apresentação, foi esclarecido como funciona o abastecimento, coleta e tratamento de esgoto da capital. Foi possível ter a dimensão da magnitude do trabalho para levar água e coletar esgoto em uma cidade do porte de São Luís, hoje com mais de 1,2 milhão de habitantes. “Por meio de sua rede de distribuição, a Caema consegue cumprir o desafio de atender 280.718 unidades consumidoras abastecidas. No quesito esgoto coletado também foi possível avançar muito, de 2014 para cá se conseguiu aumentar de 32% para 51% na coleta, e de 4% para 15,5% no tratamento, com a meta de se chegar a 70% após a conclusão das obras em curso”, enfatiza Marcos Silva.
Após estes e outros índices apresentados, vários participantes tiveram a noção do compromisso da Caema. A líder comunitária do bairro do Jaracaty, Rosa Maria Lima Veras, parabenizou o serviço em relação ao abastecimento prestado pela Caema, principalmente junto aos moradores da área que representa. Ela disse que tem regularidade da água nas torneiras dos moradores, mas que, na sua comunidade falta, para muitas pessoas, conhecimento sobre práticas para uso consciente e responsável. “A água lá em nossa área é muito boa e bem forte! O que precisa é não deixar se perder este recurso criando a consciência de que mais pessoas precisam dela”, disse.
O desperdício foi uma das temáticas do debate. Além de conhecerem as razões que colaboram para o percentual de desperdício, algo acima de 60% na capital, os participantes receberam informações sobre a importância do hidrômetro para uso racional, detalhes sobre o funcionamento e leitura do aparelho e aprenderam, também, técnicas para utiliza-lo como auxiliar na redução de consumo. “É importante que o conhecimento e as explicações feitas pelos técnicos e nosso corpo de estagiários, sejam disseminados em outro momento por meio das reuniões comunitárias, de modo que atinja nosso usuário final e contribua positivamente para distribuição da vazão, culminando em um melhor serviço de abastecimento para todos”, diz Marcos Silva.
O resultado é fruto de investimentos estratégicos feitos pelo Governo do Estado para alavancar os índices do saneamento básico na capital. Os recursos destinados para esta finalidade somam mais de R$ 320 milhões em obras para ampliar as redes de coleta de esgoto, construir novos equipamentos para tratar os efluentes e, também, realizar adequações para melhoria das estações de tratamento de esgoto que já operavam junto aos quatro grandes Sistemas de tratamento existentes na ilha.
As obras do Mais Saneamento são executadas pela Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) e já permitiram chegar a quase 15 km de linha de recalque, uma rede estruturada para bombeamento atuando nos trechos mais distantes ou elevados em relação às ETEs. Também já foram implantados 23,8 Km de interceptores para coleta e interligação entre redes, visando o trânsito dos volumes de esgoto.
Outra ação do programa foi a implantação mais 99,4 Km de novas redes coletoras na capital, o que resultou em 10.193 novas ligações domiciliares. “São Luís é atendida pela Caema a partir de quatro grandes Sistemas Coletores para tratamento do esgoto: o Sistema São Francisco, Sistema Bacanga, Sistema Vinhais e Sistema Anil. Todos eles receberam algum tipo de intervenção ou obra visando aumentar a coleta e tratar adequadamente os efluentes. Entre eles, há um destaque especial para o Sistema Vinhais, por conta da ETE Vinhais e, também, para o Sistema Anil, que em breve irá tratar todo o esgoto gerado à margem direita do Rio Bacanga pela ETE Anil”, explica o presidente da Caema, André dos Santos Paula.
A construção da Estação de Tratamento de Esgoto do Anil está em fase de conclusão. A ela, somam-se 12 Estações Elevatórias de Esgoto (EEE), 4,2 km de linha de recalque, 5,8 km de interceptores, 46,6 km de rede e aproximadamente cinco mil novas ligações prediais, para o recebimento de todo o esgoto doméstico produzido por mais 52.200 moradores de 17 grandes bairros da capital compreendidos na margem esquerda do Rio Anil.
O diretor de Operação, Manutenção e Atendimento ao Cliente, engº. Carlos Rogério Araújo, pontua que 100% do volume de esgoto que chega até as ETEs da capital são tratados e que as obras em curso são exatamente para interceptar os esgotos para tratamento nas estações. “Há trechos de rede coletora que ainda estão em término da implantação, para que passem a levar estes volumes produzidos direto para as estações. Em outros a rede já opera, como é o caso do Olho d’Água, bairro que, só agora, com estes investimentos feitos pelo Governo, passa a contar com sistema de coleta de esgoto sanitário”, destaca Carlos Rogério.
O projeto do Sistema Vinhais contempla 10 Estações Elevatórias de Esgoto, 8.7 km de linha de recalque, 29 km de interceptores, 148 km de redes coletoras e 28 mil novas ligações prediais, para tratamento na ETE Vinhais. Pelo Sistema São Francisco, são 9 Estações Elevatórias de Esgoto, 1,6 km de linha de recalque, quase 2km de interceptores e 21,9 km de redes com 1.394 ligações, para tratamento na ETE Jaracati. Já no Sistema Bacanga, 5 Estações Elevatórias de Esgoto, 2,2 Km de linha de recalque, 11 km de interceptores e 5.295 ligações integrada aos 51,4 km de redes destinam efluentes para a ETE Bacanga.
Capacitação
Além das obras, a Caema também tem investido na otimização da operação das ETEs com uma série de capacitações ministradas aos operadores e outros funcionários da Companhia. São treinamentos técnicos ministrados continuadamente por profissionais gabaritados nesse tipo de atividade.
Audiências
Estas e outras informações relevantes foram expostas, na manhã da última quarta-feira (23), ao juiz Douglas de Melo Martins, titular da Vara de Direitos Difusos e Coletivos da comarca de São Luís, e ao promotor do Meio Ambiente, Fernando Barreto. Esta foi a terceira audiência junto à Vara de Interesses Difusos e Coletivos da Comarca da ilha de São Luís para debater o funcionamento das Estações de Tratamento de Esgoto. Durante a audiência, o presidente da Caema, André dos Santos Paula, reforçou os resultados alcançados e o compromisso da Companhia em melhorar continuamente os serviços de saneamento, em especial a coleta e tratamento de esgoto para a capital.
“Nós tivemos a oportunidade de demonstrar as dificuldades para a prestação deste tipo de serviço, mas sobretudo, reiterar o compromisso assumido pelo Governo do Estado de buscar a melhoria dos índices de coleta e tratamento em São Luís, bem como as condições de vida da população, por meio da prestação deste trabalho desenvolvido a partir das ações da Caema”, comentou o presidente.
Ele reforçou ainda que todas as estações de esgoto estão funcionando dentro das normas estabelecidos por lei (Conama430/11) e a eficiência do tratamento das estações atendem aos padrões exigidos. Um novo debate sobre este assunto deverá ocorrer no próximo mês, com a participação da Caema, da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais, e do Município de São Luís. Na oportunidade, deverá ser apresentado pela Caema um cronograma com medidas de curto, médio e longo prazo para aumentar ainda mais a qualidade do serviço de coleta e tratamento de esgoto prestado à população.
O promotor de Justiça do Meio Ambiente, Fernando Barreto, salientou a importância deste tipo de audiência e o fato do compromisso assumido pelo presidente da Caema em apresentar o cronograma para conclusão das principais obras que vão resultar na melhoria do tratamento de esgotos da ilha de São Luís.